Embora sejam consideradas perguntas primárias para os que conhecem Orisa e toda a sua origem, ainda se vê muitas pessoas afirmarem que as dificuldades pelas quais passa são em virtude de cobrança de Orisa.

Isso não passa de lenda. Lenda incutida por pseudo-sacerdotes, pelos mais diversos motivos, passando desde o lado financeiro até mesmo para responsabilizar o Elegun por falhas cometidas por seu próprio superior...

O que muitas vezes ocorre, é a manipulação equivocada de energia por pessoas despreparadas para tanto, causando um verdadeiro desequilibrio energético na vida da pessoa, impedindo que a conquista e a prosperidade seja alcançada.

Orisa não precisa castigar o ser humano para que seja cultuado da maneira adequada. Agindo de modo que não condiz com a realidade, o Elegun simplesmente deixa de contar com a energia emanada do Orisa. Deixa de contar com a sua proteção. Deixa de contar com o seu auxílio. E daí, as consequências desastrosas começam a surgir...

Por isso, cabe a cada um que adentra na cultura de Orisa, a conscientização de sua responsabilidade, de suas proibições, e, principalmente, a consciência de seu compromisso com a energia evocada no momento de necessidade. 

                                                                                                                    Iyewatobí Eniolá 

Ewòs são as proibições inerentes a cada uma das pessoas. As proibições não são iguais para todas as pessoas.

Os ewòs podem ser temporários ou eternos.

Eles se referem a alimentação, vestimentas, prática de determinados atos, etc...

A prática das proibições, principalmente quando a pessoa já tem o prévio conhecimento sobre elas, acarreta, além de mal estar físico e mental, atraso ou mesmo impossibilidade de alcance dos propósitos definidos.

                                                                                                                    Iyewatobi Eniola

 Equívoco cometido com grande frequência pelos praticantes de candomblé brasileiro, é correlacionar traços de personalidade própria ao Orisa.

E este equivoco acontece principalmente pela falta de conhecimento dos zeladores de Orisa (modalidade brasileira) que não possuem conhecimento a respeito de Odu e,muito menos, capacitação adequada para identificá-los e tratá-los da forma adequada.

A personalidade de cada pessoa é influenciada pelo seu Odu de nascimento e não pelo Orisa. E geralmente o Odu que traz a ancestralidade de Osun é um Odu que imprime grande sentimentalismo as pessoas. Daí a emoção aflorada... E da mesma forma acontece com todas as demais pessoas.

Por isso não ser difícil encontrar pessoas de mesmo Orisa com personalidades tão diferentes!

                                                                                                                                Iyewatobi Eniola.

 Muitas casas tradiconais de candomblé brasileiro afirmam que Ayrá é uma qualidade de Sango, que veste branco, não se alimenta com comidas preparadas com dendê e que deve ficar junto com Osalá.

Tais afirmações não passam de mitos.

Sango em sua trajetória recebeu inúmeros títulos e portanto, não possui qualidades. Sangò é unico.

Ayrá, partindo da premissa de que viveu, tornou-se obviamente um ancestral. Mas não foi elevado à categoria de ancestral divinizado. Possuía seguidores, formados principlamente por membros de seu clã. Todavia, em sua terra natal, Ayrá não é cultuado como Orisa. 

                                                                                                                                            Por

                                                                                                                                                        Iyewatobi Eniolá